Relatos de diferentes vivências da DPE/RS marcam segunda live em homenagem ao Mês da Defensoria
O SINDPERS, a FESDEP e a Ouvidoria da DPE/RS realizaram, na noite de terça-feira (25), a live “As pessoas da DPE: visões sobre o trabalho de quem faz a DPE/RS”. O debate foi marcado pela troca de experiências e vivências da Defensoria Pública entre os convidados.
A live teve a participação do líder comunitário e morador da ocupação Bela Vista - Passo Fundo, Moisés da Cruz; da advogada, ex-defensora pública-geral e ex-corregedora-geral da DPE/RS, Maria de Fátima Záchia Paludo; e do doutorando e mestre em Direito e servidor da Defensoria Pública Especializada em Atendimento à Mulher em Situação de Violência Doméstica de POA, Veyzon Muniz.
A mediação ficou a cargo do coordenador-geral do SINDPERS, Thomas Vieira, que abriu a transmissão destacando a importância da iniciativa para promover o diálogo entre os diferentes públicos que compõem a Defensoria - defensores, servidores e assistidos. Vieira também lembrou que os servidores tiveram um importante avanço nesta semana, com a entrega do projeto de modernização da carreira à Assembleia Legislativa.
Moisés da Cruz, líder comunitário assistido da Defensoria Pública lembrou em sua fala que em Passo Fundo a instituição é essencial para as famílias que vivem nas mais de 50 ocupações espalhadas pelo município. Cruz contou que uma das defensoras da cidade foi até a ocupação em que vive para conhecer a realidade das famílias do local. Pouco tempo depois, a comunidade precisou recorrer à Defensoria após um corte do abastecimento de água de algumas das ocupações da cidade. “Essa questão da água foi muito marcante para nós porque nós estávamos passando sede. Não tinha água para tomar”, lembrou o assistido.
Moisés também contou que seu primeiro contato com a Defensoria Pública foi ainda quando vivia em Porto Alegre, no Tudo Fácil, quando precisou de apoio em uma caso de família. “Eu sou bem simples, não ouvi muito falar sobre direitos humanos, mas quando a gente procura e é atendido, o olhar é diferente, ao ver que estão ali para atender nós, a Defensoria está ali”, lembrou.