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Resposta da Frente dos Servidores Públicos a Eduardo Leite repercute na imprensa estadual

Atualizado: 20 de jul. de 2020

O vídeo da Frente dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (FSP/RS) em resposta às declarações do governador Eduardo Leite (PSDB) ganhou repercussão na mídia gaúcha. No vídeo, servidores de diferentes categorias do funcionalismo estadual relatam a real situação dos enfrentada por aqui, rebatendo as declarações de Leite à GloboNews onde defendeu a redução salarial dos servidores, alegando que não seria justo que uma categoria fosse “blindada” aos efeitos da crise. A ação da Frente foi destaque na coluna da jornalista Rosane de Oliveira, no GaúchaZH, e também no portal Sul 21.


Veja a íntegra das matérias publicadas:



Entidades sindicais do Rio Grande do Sul divulgaram em redes sociais, no domingo (12), um vídeo em que seus integrantes criticam a proposta de redução salarial de funcionários públicos, defendida pelo governador Eduardo Leite em debate na GloboNews há cerca de duas semanas.


De acordo com o Piratini, Leite é favorável à redução temporária de salários para servidores que recebam vencimentos mais altos e a gravação apresenta a fala do governador de forma distorcida.


Durante participação ao vivo na emissora de notícias, em 27 de junho, o governador disse que todos os brasileiros estão sentindo os efeitos da crise econômica provocada pelo coronavírus e que não é razoável que haja "duas categorias de povo, os que estão no serviço público e os que não estão". Leite lembrou que ele e parte do secretariado reduziram o salário em 30% durante três meses.


— Não é razoável que haja uma categoria blindada dos efeitos desta crise. Acho que o Congresso Nacional precisa discutir, dentro das propostas de emenda constitucional que estão tramitando, de revisão de questões administravas em âmbito nacional, para que se viabilize a constitucionalidade desta redução salarial para os servidores públicos diante da frustração de receita e das crises violentas e sem precedentes que nós estamos vivendo — disse o governador, na ocasião.


No vídeo publicado neste domingo, assinado pela Frente dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul, diversos sindicalistas deram depoimento com críticas à posição do governador, reclamando da falta de reajustes nos últimos anos e do parcelamento de salários.


— Não bastasse Eduardo Leite ter tirado o direito dos trabalhadores, ainda tenta jogar a sociedade gaúcha contra os trabalhadores, os servidores estaduais, que são aqueles que estão lá na ponta prestando serviço sem nenhum privilégio — disse, em depoimento, a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.


Em nota enviada à coluna, a assessoria do governador afirmou que Leite não atacou os servidores e que sua fala foi distorcida no vídeo.


"O que o governador comenta é que o povo brasileiro está sentindo de forma dramática os efeitos da crise provocada pela pandemia, com o fechamento de empresas, a perda de empregos e a queda na renda dos trabalhadores. E acrescenta que não podemos dividir o país em 'servidores públicos/resto da população', para que somente quem não é servidor público 'pague' a conta", diz trecho do comunicado.




A Frente dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul divulgou um vídeo em resposta a declarações feitas pelo governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), em uma entrevista a Globononews. Na entrevista, Leite afirmou que não é razoável que existam duas categorias de povo: os que estão no serviço público e os que não estão, sendo que a primeira estaria numa situação de privilégio em relação aos demais trabalhadores e cidadãos. No vídeo, representantes de várias categorias do serviço público afirmam que estão com os salários atrasados e parcelados há cerca de seis anos, acumulando prejuízos durante todo esse período que só se agravaram agora, em meio à pandemia do novo coronavírus.



Na entrevista a Globonews, Eduardo Leite defendeu, mais uma vez, a redução dos salários dos servidores públicos estaduais. Segundo o governador, “todos estão no mesmo barco” e “não é razoável que haja uma categoria blindada dos efeitos dessa crise”. “Acho que o Congresso precisa discutir, dentro das propostas de emenda constitucional que estão tramitando…. Para que se viabilize a constitucionalidade dessa redução salarial dos servidores públicos”, afirma ainda Eduardo Leite. O governador cita ainda que ele e a sua equipe já reduziram em 30% os próprios salários.


“Ao afirmar que estamos todos no ‘mesmo barco’, Leite esquece que, enquanto ele e seus secretários estão protegidos dentro de casa, os (as) Policiais estão nas ruas e nas delegacias, expostos ao contágio pela covid-19. O barco pode ser o mesmo, mas enquanto uns estão na primeira classe, outros são obrigados a enfrentar a tempestade no convés. E é dessas pessoas, que o governador quer cortar os salários”, afirmou a Ugeirm – Sindicato dos Agentes, em nota. “O governador Eduardo Leite, que ganha mais de 25 mil reais por mês diz, de forma demagógica que abriu mão de 30% de seu salário. Mas não esqueçamos que ele tem estadia e alimentação custeados pelo erário público”, rebateu Isaac Ortiz, presidente da Ugeirm.


“Não bastasse ele ter retirado direitos dos trabalhadores, ele ainda tenta jogar a sociedade do Rio Grande do Sul contra os servidores estaduais que são aqueles que estão lá na ponta, prestando serviço sem nenhum privilégio”, assinalou a professora Helenir Aguiar Schurer, presidenta do CPERS Sindicato.


Fabiano Marranghello Zalazar, do Sindjus-RS, concordou com Leite que existem duas categorias de cidadãos, “aqueles que historicamente exploram o país e o Estado e aqueles que são explorados por sua força de trabalho”.


Para Angela Antunes, diretora do Sindicato dos Servidores de Nível Superior do RS (Sintergs), “o governador Eduardo Leite tem utilizado a velha política de colocar a sociedade contra o servidor público, escondendo que a mais atingida pelo sucateamento dos serviços públicos é a própria população”. A dirigente sindical acrescentou que, mesmo com os salários parcelados, cortados e com a insistente desvalorização por parte do governador, muitos estão na linha de frente da pandemia, como nos serviços de saúde e na produção de alimentos, entre outras atividades essenciais.


Articulada pelo Sintergs, a produção contou com a participação das seguintes entidades: Afagro, Afocefe, Amapergs Sindicato, Cpers, Simpe/RS, Sindjus-RS, Sintergs e Ugeirm Sindicato, todas da Frente dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul.


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