SINDPERS: História das lutas e conquistas dos servidores da DPE/RS organizados
Dando seguimento à série de reportagens da campanha Sindicato Forte, Categoria Forte!, a matéria desta semana relembra a história da organização das servidoras e servidores da Defensoria Pública do Estado Rio Grande do Sul (DPE/RS). Essa história começa com a fundação da Associação dos Servidores da Defensoria Pública do Estado Rio Grande do Sul (ASEDPERS), em 2014. Dois anos mais tarde, em 24 de setembro de 2016, foi fundado o Sindicato dos Servidores da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul, SINDPERS. Por decisão da categoria em Assembleia Geral, o sindicato nasce com o objetivo de promover a organização das servidoras e dos servidores da instituição e de melhorar suas condições de trabalho.
Gustavo Alves, primeiro coordenador da ASEDPERS, relembra o início da organização dos servidores da DPE/RS: “Somos provenientes do I Concurso de Servidores da DPE/RS. Com as nomeações e início das atividades, percebemos que as servidoras e servidores tinham alguns desafios recorrentes no exercício das atividades e que também faltava algum tipo de organização entre nós para que nossas pautas pudessem ser levados até a administração não como demanda individual, mas de classe”. Ele conta que, foi então que um grupo de servidoras e servidores da sede, na capital, começou a se articular: “Foi criado um grupo em rede social e colegas foram se agregando ao movimento. A experiência foi única. Tínhamos profissionais da área de jurídica, contábil, TI, logística, RH, o que possibilitou uma construção bem plural e capilarizada”.
Como lembra Alves, a chegada do quadro de concursados exigia adaptações por parte da instituição e o objetivo da organização dos servidores era apresentar o ponto de vista da categoria nesse processo: “Alimentação, transporte, melhoria das condições de trabalho, algum tipo de regulamentação geral das atividades que fosse uniforme e não deixasse todo poder decisório nas Regionais, criando, na prática, carreiras com atribuições ou responsabilidades distintas, e mudança da cultura organizacional que estava habituada apenas com cargos comissionados e estagiários. A ideia era que a instituição fosse pensada também para esses profissionais novos que chegaram para contribuir pro crescimento e fortalecimento da Defensoria gaúcha”.
Nesse processo, Alves ainda destaca a importância de ter contado com a colaboração de outras entidades representativas e dirigentes de outros sindicatos. Ele lembra que a categoria contou com a colaboração da diretora da Associação dos/as Servidores/as da DPESP Erica Meirelles, e do diretor do Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Rio Grande do Sul Alberto Ledur. A expertise de outras entidades foi importante para diminuir erros, aprender com experiências de sucesso. No caso específico do SIMPE-RS, o apoio foi estrutural: sede, telefone, contatos... O que, pra quem está em fase de criação, sem recursos, facilita demais”, destaca Alves.