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Diretor do Instituto Butantan afirma que Brasil poderia ter sido primeiro do mundo a vacinar

Foto do escritor: Imprensa SINDPERSImprensa SINDPERS

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta quinta-feira (27) em depoimento à CPI da Pandemia que fez a primeira oferta de vacinas contra a covid-19 ao Ministério da Saúde ainda em 30 julho de 2020, mas ficou sem resposta. Eram 60 milhões de doses, que seriam entregues no último trimestre daquele ano. Outras 40 milhões de doses poderiam ter sido entregues até maio deste ano.


Em outubro, após uma sinalização positiva do governo, o Butantan ampliou a oferta para garantir 100 milhões de doses ao Plano Nacional de Imunicação (PNI), sendo 45 milhões ainda em dezembro do ano passado, 15 milhões de doses em fevereiro e outras 50 milhões até maio. Apesar das sinalizações positivas feitas, segundo Covas, pelo então ministro Eduardo Pazuello, de que o acordo seria fechado, o presidente da República, Jair Bolsonaro barrou o progresso da negociação.


Segundo ele, o Brasil poderia ter sido o primeiro no mundo a iniciar a vacinação "se todos os atores" tivessem colaborado. Dimas Covas disse que manifestações do presidente Jair Bolsonaro contra a vacina deixaram as negociações “em suspenso” e atrasaram o começo da vacinação no país.


Questionado pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) e outros senadores sobre as consequências das declarações contra a China por parte de membros do governo federal e de campanhas de difamação da vacina CoronaVac nas redes sociais, Covas afirmou que a postura atrapalha a liberação de insumos de imunizantes para o Brasil e impediu a vacinação de milhões de pessoas num prazo anterior ao que acabou ocorrendo:


— Cada declaração que ocorre aqui no Brasil repercute na imprensa da China. As pessoas da China têm grande orgulho da contribuição que a China dá ao mundo neste momento. Então, obviamente isso se reflete nas dificuldades burocráticas, que eram normalmente resolvidas em 15 dias, e hoje demoram mais de mês para serem resolvidas.


Este não foi o primeiro depoimento comprometedor para o governo federal. O presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, e o ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta, também já afirmaram à CPI que houve uma tentativa do governo de mudar a bula da Cloroquina para incluir a covid-19 entre as indicações do medicamento.


Com informações: Agência Senado



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