Os brasileiros e brasileiras chegaram hoje à triste marca de 400 mil pais, mães, avôs, avós, irmãos, irmãs, tios, tias, sobrinhos, sobrinhas, primos, primas, maridos, esposas, namorados, namoradas, amigos, amigas, colegas e afetos perdidos.
400 mil não é um número apenas, são 400 mil vidas únicas, com suas histórias, trajetórias, famílias, trabalhos e sonhos, mas que partiram.
Partiram não somente por uma doença que a ciência ainda pena para desvendar. Partiram também, e principalmente, pelo descaso de governos que negaram a gravidade de uma pandemia, quando todas as autoridades em saúde no mundo alertavam para o perigo, ao mesmo tempo em que mostravam caminhos seguros para salvar vidas.
Em uma emergência de saúde como a que vivemos há mais de um ano, a política da negação é a política da morte. O desestímulo ao isolamento social, ao uso de máscara, a negativa de negociação das vacinas com prioridade, a troca de quatro ministros da Saúde por questões ideológicas e, infelizmente, tantos outros episódios do governo federal, nos trouxeram a esse triste cenário.
É preciso dizer chega! Esse genocídio que já levou mais de 400 mil vidas precisa parar!
Este é um dia triste. A segunda-feira, quando perdemos nosso colega Adelmo, foi um dia triste. Já são 413 dias tristes desde a primeira morte pela covid-19 no Brasil.
Na figura do colega Adelmo Souza dos Santos, nos solidarizamos com todas as famílias e pessoas próximas às vítimas da covid-19 no Brasil.
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