Máscara e distanciamento podem evitar cepa mais transmissível
Foram confirmados, na segunda-feira (19), os dois primeiros casos de infecção pela variante Delta do coronavírus no estado. Os registros foram feitos em Gramado, cidade que recebeu um intenso movimento de turistas nas últimas semanas. Uma das características da nova variante é a maior transmissibilidade e diminuição da eficácia dos anticorpos produzidos pelas vacinas.
A cepa teve origem na Índia e já tem grande presença no Reino Unido e Estados Unidos. O primeiro registro no Brasil foi no início de junho e, até o momento, 97 casos da variante já foram confirmados e 5 óbitos registrados.
A chegada de novas variantes vem preocupando especialistas e autoridades em saúde. Na semana passada, a Secretaria da Saúde (SES) e o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems/RS) definiram pela antecipação de 12 para 10 semanas o intervalo entre as doses da vacina contra a covid-19 das marcas AstraZeneca e Pfizer. O objetivo da medida é garantir melhor resposta imune para essa nova variante, uma vez que apenas uma dose é pouco efetiva contra a Delta.
A cobertura da vacinação no Rio Grande do Sul, apesar de uma das maiores do país, ainda é baixa para conter o avanço de novas mutações do vírus. De acordo com dados da SES, apenas 23% da população gaúcha está com o esquema vacinal completo.
Nesse sentido, as medidas de prevenção seguem sendo fundamentais. O distanciamento social, o uso de máscaras adequadas (PFF2) e a higiene constante das mãos ainda são as medidas mais eficazes para o controle da doença enquanto a imunização da população não atinge níveis seguros.
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